Douglas Cossi Fagundes
Da Redação
Em protesto realizado no final da tarde de hoje (16), um grupo formado por familiares, amigos e populares pediu justiça por Taila de Souza dos Santos, vítima de feminicídio no último dia 9, em Ilha Solteira.
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A técnica de enfermagem, de 25 anos, foi encontrada morta em um dos quartos da casa onde morava com o marido, na Rua N, no bairro Novo Horizonte.
Os manifestantes se reuniram na Praça dos Paiaguás com camisetas e cartazes pedindo Justiça. Algumas pessoas se pronunciaram sobre justiça, impunidade e feminicídio.
Após orarem o Pai Nosso, os manifestantes seguiram em passeata por um trecho da Avenida Brasil Sul acompanhados por vários motociclistas, que seguiram buzinando durante todo o trajeto.
Durante a passeata, os manifestantes gritaram palavras de ordem como: “Justiça ausente, Taila presente!”.
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Justiça
O advogado contratado pela família de Taila Souza para atuar como assistente de acusação, Darley Barros Júnior, esteve no protesto.
Ele explicou ao Ilhadenoticias que o assistente de acusação trabalha em conjunto com o promotor e com a delegada “na colheita de provas, buscando informações e dando subsídios para que a Justiça possa esclarecer os fatos”.
Darley informou ainda que atua defendendo os interesses da família da técnica de enfermagem. “Ontem eu informei (ao juiz) que a sociedade ilhense está indignada, está de luto e clama por justiça. E a lei fala que quando há um clamor social, existe a possibilidade de prisão preventiva. Também pedi a prisão preventiva, pois ninguém sabe onde ele está, se ele fugir, ele não vai cumprir a pena e a justiça não será feita”.
O assistente de acusação disse também que aguarda a manifestação do promotor e do juiz sobre o pedido de prisão preventiva de Victor Nogueira Carvalho.
O advogado Conrado de Souza Franco, que apresentou Victor na DDM, deixou o caso. Um novo advogado deve assumir sua defesa.
O crime
Taila de Souza dos Santos foi encontrada morta na noite de quinta-feira (em um quarto que fica nos fundos da casa por um vizinho, que pulou o muro da casa a pedido da sogra da vítima para ver o que estava acontecendo.
Em depoimento à Polícia, a sogra disse que recebeu uma ligação do filho, Victor Nogueira Carvalho, de 24 anos, pedindo que ela chamasse o Resgate do Corpo de Bombeiros, pois acreditava que a vítima estava morta.
Taila estava deitada em um colchão no chão do quarto com sinais de asfixia. Segundo a Polícia, não havia sinais de consumo de medicamentos.
Prisão e soltura
Victor Nogueira Carvalho foi preso em flagrante na manhã de sexta-feira (10), depois de se apresentar na Delegacia de Defesa da Mulher, suspeito de matar a esposa Taila. Mas foi solto no final de semana após passar por audiência de custódia. Durante a audiência, ele negou o crime.
Ao conceder a liberdade provisória, o juiz considerou que “há prova da existência do crime e os indícios suficientes de autoria se encontram indelevelmente demonstrados pelas provas coligidas em solo policial. No entanto, verifico que, considerando a primariedade do custodiado, sua entrega espontânea à autoridade policial, bem como a existência de ocupação lícita, não se encontram presentes nenhum dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal”.
Acompanhado de um advogado, Victor se apresentou à Polícia na sexta-feira (10) e foi preso em flagrante suspeito de feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil, ele disse que teve um desentendimento com Taila e, durante a briga, ele afirmou que a esposa desmaiou, mas negou que tenha cometido o assassinato.
Na audiência, o juiz considerou o réu primário dele, ter residência fixa e registro em carteira, por isso, não decretou a prisão preventiva.
O Ministério Público recorreu da decisão, mas o pedido não foi acatado. As investigações do caso continuam e a polícia tem 30 dias para concluir o inquérito.
Na sexta-feira (10), ao ilhadenoticias.com, a delegada Carolina Tucunduva disse ouviria mais testemunhas e que pretendia fazer a reconstituição do crime esta semana.
Família pede ajuda
A família de Taila criou uma vaquinha, para arrecadar recursos para cobrir os custos com o funeral e com advogado que atuará no caso.
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